terça-feira, 11 de maio de 2010

(Me perdi das minhas flores. Não há dor maior que essa.)

Poeta

Dentro das coisas inexplicáveis cabíveis nesse tempo todo, está nosso poeta favorito e, usando Fernando Pessoa você me diz: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” e eu lhe digo: “Quando é amar que deves. Se não amas,/Mostra-te indiferente, ou não me queiras,/Mas tu és como nunca ninguém foi,/Pois procuras o amor pra não amar,/E, se me buscas, é como se eu só fosse/Alguém pra te falar de quem tu amas”.

E ainda, seguindo o poeta, no fim, poderias me dizer: “Aponta-me todas as coisas que há nas flores”. E eu te responderei: “Mostra-me como as pedras são engraçadas/Quando a gente as tem na mão”.

AE.10/05/2010-RA

(Trechos tirados dos poemas de Fernado Pessoa : Mar Português , A Falência do Prazer e do Amor e O guardador de rebanhos - VIII)

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