domingo, 16 de dezembro de 2012

Sempre tive medo de que ao chegar ao final da vida eu pudesse me arrepender de não ter vivido, de apenas ter passado o tempo. E isso fez com que eu estivesse sempre com os planos e pensamentos lá na frente. Me esqueci de que o futuro é feito de todos os “agora” que eu vivi e estou vivendo, e serão estes os momentos considerados lá frente e sei que o fato de saber que eu estava presente e dei o meu melhor em cada instante, em cada escolha que eu fiz certamente trará serenidade.




Hoje saindo para o trabalho, fui ver como estava o botão de flor do meu cacto. E ao vê-lo eu pude constatar com alegria que havia desabrochado e com tristeza por saber que hoje em um dia tão importante, algo igualmente triste aconteceu, a parte do caule que a sustentava de soltou das demais.
Fiquei por um tempo triste, pensando que muitas coisas na vida parecem ser abortadas mesmo que esperadas com tanto amor.
Tentei digerir este pensamento o dia todo, mesmo que inutilmente eu buscava entender que fundamento havia nisso tudo.
A noite ao entrar em casa, me veio o pensamento – independente de qualquer coisa, de qualquer conclusão ou acontecimento ela não esteve menos bonita e perfeita por isso.
Senti, depois de dias paz no meu coração.

AE.12/12/12

2 comentários:

  1. "muitas coisas na vida parecem ser abortadas mesmo que esperadas com tanto amor." E isso? como pode, eu fiquei mentalizando aqui, todas as situações que caberiam nela e eu encontrei-as assim, bem da forma como dizes, mas também cheguei mesma conclusão que você: nem por isso deixam de ser menos bonitas.

    Por um mundo onde as pessoas ainda cultivem flores.

    Um beijo, moça!

    Flores

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  2. Perfeito, viver impõe riscos, viver implica em perdas e a vida é curta demais para se ter medo dos riscos e das perdas sem nos lembrarmos dos ganhos e prazeres.

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Exale, polinize e frutifique.
Feliz em ver você aqui.