quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Eu me trouxe até aqui.

 

                                                                   Foto: Pinterest

E quando sentimos saudade de momentos da nossa vida e constatamos que não necessariamente sentimos falta de quem viveu aqueles momentos com a gente, mas sim das possibilidades, das vivências e permissões que nos dávamos.

Morar sozinha, conhecer pessoas novas, trabalhar, se manter, saber que não importa o que acontecesse, você estaria ali para você, e fosse como fosse, você teria que dar o seu melhor.

Sabe, já vivi tanta coisa nesta vida, alegrias imensas e dores que pareciam que me consumiram até o meu fim, mas nada disso foi o ponto final. Em muitos momentos o que parecia fim era apenas mais um início, mas uma chance, mas uma alegria, mais uma oportunidade de crescer.

Eu me trouxe até aqui!

Tive pessoas comigo em alguns momentos, mas dentro de mim só estava eu, precisei dar significado e ressignificar algumas coisas e importâncias.

Liberdade! Está aí uma coisa da qual nunca abrirei mão, ser livre é o melhor em mim e o melhor de mim, é onde está a minha força e todo o meu potencial.

Sempre tive muito medo de que quando chegasse ao final da vida ao olhar para traz eu sentisse que não vivi, que não fiz valer a pena.

Hoje, tenho 39 anos se considerar que uma pessoa de boa saúde e bom hábitos pode viver até os 80 anos em média, sinto que no meu próximo aniversário o relógio possa zerar novamente, dando início a outra metade da minha vida e eu de verdade, do fundo do meu coração desejo que ela seja no mínimo tão incrível quanto esta.

AE.22/10/2020

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Deixe o vento entrar.

                                                     Imagem de Anne Meadows por Pixabay 


Senti vontade de escrever hoje. Não sei se perdi ou se já tive jeito, mas escrevi. Este é novo, morninho, como bolo recém assado em cima da mesa.

O simples ato de abrir a janela e deixar o vento entrar, faz um carinho nessa alma angustiada que trago dentro de mim.
Penso em quantas vezes nas campinas um botão se deixa acarinhar assim, sentindo a vida dentro e fora de si.
Certamente, não tão sufocado pela rotina, compromissos e prazos, apenas ele, ali, contemplando em silêncio, a vida em sua essência e sua essência na vida.
Talvez o segredo esteja aqui, saber-se ser dentro e fora, ter a plenitude das flores que são e apenas são, assim como o vento que entra por esta janela.

AE.30/07/2020-

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Algumas coisas não há como apagar.



Você também consegue apagar de onde não está escrito e sim marcado? Duvido que consiga, isso vai além dos seus poderes e habilidades cognitivas.
Avança mais quem consegue olhar de onde saiu e onde está agora com a cabeça erguida de quem enfrentou e não de quem fugiu, como flor que permanece lá, lidando com o que há para lidar, sol, chuva, predadores, e, ainda sim, ela continua, pois a sua única missão é florescer, seja onde e como for.
Espero que um dia você também consiga floresça.

AE.02/07/2020-