quinta-feira, 30 de julho de 2020

Deixe o vento entrar.

                                                     Imagem de Anne Meadows por Pixabay 


Senti vontade de escrever hoje. Não sei se perdi ou se já tive jeito, mas escrevi. Este é novo, morninho, como bolo recém assado em cima da mesa.

O simples ato de abrir a janela e deixar o vento entrar, faz um carinho nessa alma angustiada que trago dentro de mim.
Penso em quantas vezes nas campinas um botão se deixa acarinhar assim, sentindo a vida dentro e fora de si.
Certamente, não tão sufocado pela rotina, compromissos e prazos, apenas ele, ali, contemplando em silêncio, a vida em sua essência e sua essência na vida.
Talvez o segredo esteja aqui, saber-se ser dentro e fora, ter a plenitude das flores que são e apenas são, assim como o vento que entra por esta janela.

AE.30/07/2020-

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Algumas coisas não há como apagar.



Você também consegue apagar de onde não está escrito e sim marcado? Duvido que consiga, isso vai além dos seus poderes e habilidades cognitivas.
Avança mais quem consegue olhar de onde saiu e onde está agora com a cabeça erguida de quem enfrentou e não de quem fugiu, como flor que permanece lá, lidando com o que há para lidar, sol, chuva, predadores, e, ainda sim, ela continua, pois a sua única missão é florescer, seja onde e como for.
Espero que um dia você também consiga floresça.

AE.02/07/2020-