sábado, 12 de junho de 2010

Encontro



Sentada no chão do meu quarto com o computador no colo e um documento em branco na minha frente, me recupero do frio que senti lá fora, no meu corpo e na minha alma.
Eu a vi, tão de perto, acho até que nos tocamos, era ela, eu sei. Ela não me conhece e eu não sei bem quem ela é como pessoa, não sei o que ela é ou significa para você. Mas o fato é que assim como o frio desta noite de inverno congelava o meu corpo senti o frio dessa história congelar meu coração.
Lembrei-me de tudo e lamentei. Lamentei que numa noite deste mesmo mês há dois anos atrás trocamos as primeiras palavras, lamentei todas as vezes que quase enlouqueci com toda essa história, me esquecendo até mesmo de quem eu sou.
Dói-me lembrar do que me acusas e, no entanto, se algum dia estiver aqui lendo essas palavras saberá que és tão culpado quanto eu, mas ao contrário de mim, uma vez aqui, tu sabes o que buscas e o que encontrarás, a sua motivação é diferente da minha, pois o que vi não foi o que eu procurava, pois o que eu queria encontrar não estava nem de longe revelado no que eu vi. E eu sei que pensar que um dia você possa entender essa sutil diferença é esperar demais de você.
Duas histórias se cruzaram nesta noite fria, duas vidas, dois caminhos e algo em comum, você presente em algum momento de nossas vidas.
Senti frio durante todo o caminho de volta para casa, não sei se era meu coração sob efeito das lembranças, a noite de inverno, ou os dois.
As folhas caiam dos galhos das árvores sob a ação do vento, elas caiam geladas, assim como as lágrimas em meu rosto.
A neblina densa, caia, e me impedia de ver nitidamente o caminho, da mesma forma que os fatos que se mostraram a mim me confundiram e me fizeram sofrer tanto.

AE.11/06/2010-RA

Um comentário:

  1. rsrs amo cartas de amor, causam isso mesmo descrito... ja mandei e recebi várias...

    bjxxx
    adorei o texto rsrs começo empolgo pra saber oq era

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