domingo, 10 de julho de 2011

Amor, força de mãe.



Escrevo para não esquecer, escrevo para me lembrar de cada detalhe.

Se fosse para eu definir esse período que eu passei com a minha família, está palavra seria mãe.

Acho que nunca na minha vida eu estive tão próxima a ela, pude ter a sensação de ventre materno, pude ver além dos olhos dela.

Um ser humano que ainda, depois, de muito tempo consegue chamar seus filhos já adultos de filhinho e filhinhas. Posso perceber a maternidade em cada um dos seus gestos, na forma como se antecipa às nossas necessidades e desejos.

É impressionante, como ela consegue antever qualquer vontade e realizá-la antes mesmo de tomarmos consciência de que precisaríamos.

É tanto cuidado que chego ser mais humana ao seu lado, é tão dedicada que me sinto mais motivada com ela por perto. Um ser humano com partes de si externas a si, refletida nas palavras e gestos que direciona a nós.

Não há muito o que dizer, não sei bem como expressar, mas sei que a gratidão é extrema e a vontade de aproveitar cada segundo também.

Não importa o que cozinhe, tudo tem seu gosto, sei que em qualquer lugar do mundo, que a lasanha da minha mãe é a lasanha da minha mãe e, mesmo que qualquer outro ser humano do mundo fosse capaz de combinar todos os mesmo ingredientes, por mais que tentasse não conseguiria a fórmula para tal sabor. O mesmo acontece com o chá-mate e o bolinho de polvilho azedo.

Quero sentir mesmo que na minha mente, em toda manhã da minha vida o cheiro do seu café, e antes de levantar ser capaz de sentir o gosto do café com manteiga que você sempre levava, e ainda leva, quando estamos juntas, em nossa cama alegando ser bom para fortalecer o “peito”. E ao ficar de pé me sentir assim, fortalecida, onde quer que eu esteja e, que minha alma sempre esteja da mesma forma como em todo esse tempo fez e faz com nossa casa, sempre colocando as coisas no lugar, organizando e limpando, e é assim que eu quero permanecer, de alma limpa.

Uma vida inteira por perto e, posso dizer que em muitos momentos de não saber o que fazer, não saber ao que recorrer, você sempre me ensinou a primeiro me acalmar e cuidar de mim, e assim, bem e mais calma poderei resolver qualquer problema, poderei analisar as coisas da melhor forma para tomar a decisão mais acertada, mesmo que está seja deixar o tempo agir por si próprio.

Mãe, em você vejo o ser humano divino, aquele que se antecipa por amor, conforta e com o gesto mais simples consegue revelar a paz, a parceria e o pilar.

E com amor encerro, emocionada, por sentir em mim a paz que certamente senti em seu ventre, por saber que está ai e cuida de mim, onde e como for.

E por reconhecer tudo isso, me vejo diante de um sem número de palavras que jamais, mesmo que se somadas umas as outras nunca poderão expressar a gratidão por cada momento dividido com você, passado ao seu lado e por tudo que eu aprendi e ainda aprendo com você que pode me nortear nos momentos em que não estar presente.

Mãe, amo você e obrigada por tudo, antes mesmo de eu nascer.

Hoje, sou maior que você, mas ainda distante de ser da sua altura.

AE.10/07/2011-MAE

Um comentário:

  1. Mãe é sempre isso, carinho ternura proteção, tão lindas elas, tão singelas e únicas.
    LINDO!

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Exale, polinize e frutifique.
Feliz em ver você aqui.