domingo, 14 de outubro de 2012

Me perdoa, sou fraca e esse negócio de "teatro" bagunçou ainda mais minha cabeça.
Penso que no fundo somos iguais, eu não confio em você pelas ausências e você não confia em mim pelo que elas me causam. Acho que você tem razão somos um para o outro construções de nossas mentes e talvez não represente quem verdadeiramente somos, e você ainda conhece bem mais de mim do que eu em de você.
A saudades cortam meu coração, não consigo mais, é muito tempo passado em cima de seis horas que talvez nunca mais aconteçam. Moramos dois anos na mesma cidade e nem sequer nos vemos.
Tenho medo de te deixar ir, mas olhando de perto, você nunca esteve aqui.
Em algum lugar no tempo somos aquelas duas pessoas que se encontraram há mais de três anos e que se prederam na travessia.
Eu sempre quis que fossemos reais, mas você sempre prefere esperar por alguma coisa que pareça fazer sentido para o seu "teatro". Isso me magou muito, agora sei como se sentia com meus devaneios. Já sofremos demais, esperamos demais.
Eu amo você! Não espero que entenda, pois eu apenas sinto e é forte, é bonito, é completo, mas sem voz, sem cheiro e sem toque continuaremos a somar dias na virtualidade.
O que eu sinto não acaba assim, como quem fecha uma janela de conversação, mas o fato de saber que o tempo continua passando e não evoluimos em proximidade me consome e você perde a sua paz, como me disse em nossas últimas conversas. Eu não sinto segurança para te dar carinho, tenho medo de ser inoportuna.
Eu sei que me sente, sente o que eu sinto, mas me dói saber que sou alguém que precise testar.
AE.14/10/12-RA

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